quarta-feira, 16 de julho de 2025

Voluntary Mortification (Deathcore From USA)

 

Advent (Hardcore From USA)

 


segunda-feira, 14 de julho de 2025

A “Rede analógica” dos anos 80, a magia do Underground !



Nos anos 80, sem internet, a cena underground (no Brasil e no mundo) se sustentava graças a uma rede social alternativa baseada no correio: uma rede de cartas, fanzines, fitas K7, fotos, flyers e cartazes trocados entre bandas, fãs, selos e gravadoras independentes.

Os Fanzines (revistas caseiras xerocadas) circularam em massa. Eram produzidos de forma artesanal (datilografia, colagem, desenho), onde se reunia tudo: resenhas, letras, biografia das bandas, recortes. Nas cartas, os zineiros incluíam endereços de outros fanzines e bandas por meio de flyers, abrindo uma rede de contatos que atravessava o Brasil, e até o mundo. A internet era uma ideia distante e as relações eram construídas com espera (de até 15 dias por carta/fita), selos, xerox e confiança .

Fanzines especializados em metal: publicações xerocadas e sem periodo determinado de lançamentos, cobriram a explosão latino-americana, e também grupos gringos. Teve também casos de fanzines que pouco tempo depois se tornaram revistas conhecidas no mundo todo como foi o caso da Rock Brigade, com distribuição nacional em revistarias e bancas de jornais.

Troca de fitas K7 (Tape-trading)

A cultura da K7 floresceu como forma de divulgação alternativa. Bandas gravavam demos em fitas K7 e trocavam via correspondência. Era comum enviar listas de gravações disponíveis para fazer trocas, ou mesmo vender fitas pelo correio. Pensa na alegria quando o carteiro chegava com varias correspondencias em casa.




Material visual e promocional

Junto às cartas, vinham flyers, release, fotos de shows e bandas, cartazes e até fita K7 com gravações de demos ou lives. Esse material ajudava a montar a identidade visual dos coletivos e movimentava a cena.

Produção independente de demos e coletâneas

Gravações caseiras: demos de estúdio, lives e os primeiros discos marcaram o início da produção semiprofissional no Brasil .

Selos independentes: Cogumelo records, Baratos e Afins e até mesmo a Rock Brigade lançaram discos de bandas brasileiras que mais tarde ficaram reconhecidas mundialmente.



Festivais e shows DIY (Faça você mesmo)

Bandas locais se apresentavam em espaços alternativos e até mesmo em garagens, com organização própria – a partir de cartas, colagem de posters pelas ruas, flyers em fanzines e divulgados nos points. Esse circuito autogerido criou o calor da cena dos anos 80.

Bandas locais e fãs do gênero organizavam eventos em espaços alternativos como em garagens e centros culturais e espaços alternativos. Festivais como "O Começo do Fim do Mundo" (SP, 1982) reuniram punks e anarquistas, com exposições de discos e fanzines, apoiados pelos próprios grupos envolvidos .



Conclusão

A rede da cena underground dos anos 80 foi construída por cartas, points e fitas K7, criando uma teia sólida e descentralizada. Pontos físicos reuniram fãs e bandas, fomentando debates, organização de shows e ações de selos. Tudo isso sem Google, Insta, Face ou qualquer outra rede social: era a era do encontro cara a cara, da fita demo gravada na sala de casa e do xerox dobrado com amor, uma era em que o underground era construído no calor das ruas, do correio e da pura vontade de fazer acontecer.

uniSEF (Punk Rock From USA)

 

Rejoice In Our Suffering (Black Metal From USA)

 

Crente (Death Metal/Grindcore From Brazil)

 

Mashíaj (Thrash Metal From Venezuela)

 

Sareptah (Power/Folk Metal From Brazil)

 

sábado, 12 de julho de 2025

The Rugged Spud (Hardcore/Punk From USA)

 

Dehumanize (Deathcore from USA)

 

A Common Goal (Hardcore/Punk From USA)

 

Wytch Hazel (Hard Rock/NWOBHM From United Kingdom)

 

O Surgimento do Rock Cristão: Uma Jornada Pela História e Influências Musicais.

 Para entender o conceito de "rock cristão", é preciso voltar no tempo e explorar a fascinante evolução do rock em sua totalidade, desde suas origens até a transição para o cenário cristão. O rock, como um dos gêneros musicais mais populares e influentes do mundo, nasceu no final da década de 1930, mas sua ascensão realmente decolou nos anos 1950, com uma sonoridade distinta, energética e irreverente. Ao longo dos anos, o rock acumulou uma série de estigmas, como a associação com rebeldia, drogas e, para muitos religiosos, uma imagem de música demoníaca. No entanto, com o passar do tempo, esse gênero foi se transformando e passou a ser reconhecido não apenas por sua técnica apurada, mas também por seu conteúdo crítico e por seu impacto cultural, social, político e espiritual.

O que muitos não sabem é que a primeira chama do que viria a ser o rock foi acesa em um palco bem diferente: o da música gospel americana. A pioneira que deu os primeiros acordes de guitarra elétrica ao rock foi a cantora e guitarrista virtuosa Sister Rosetta Tharpe, em 1938. Tharpe não apenas conquistou o público com sua voz potente e espirituosa, mas também com sua habilidade de tocar guitarra elétrica, criando uma sonoridade inédita na época. Ela foi fundamental para a evolução do rock, uma vez que suas influências alcançaram artistas como Little Richard, Johnny Cash, Elvis Presley, Chuck Berry e Jerry Lee Lewis. Em seus anos de atividade, entre as décadas de 1930 e 1940, ela ajudou a fundar as bases do rock and roll, unindo a espiritualidade do gospel com os riffs e batidas do rock.

Nos Estados Unidos, o rock cristão começou a tomar forma de maneira mais explícita no final dos anos 1960, com o surgimento de bandas pioneiras. The Crusaders, uma banda de garagem do sul da Califórnia, é frequentemente citada como uma das primeiras a incorporar o rock gospel em suas músicas. Seu álbum de 1966, Make a Joyful Noise with Drums and Guitars, é considerado um dos primeiros registros do gênero. Já em 1969, Larry Norman, que é frequentemente lembrado como o “pai do rock cristão”, lançou o aclamado álbum Upon This Rock, que marcou o início do rock cristão de maneira comercial e com maior visibilidade.

No Brasil, o conceito de rock cristão chegou de maneira mais tímida. Durante as décadas de 50 e 60, pouco se sabe sobre a cena de músicos cristãos que experimentavam o rock, mas muitos desses grupos não conseguiram gravar ou ter reconhecimento. Foi só nos anos 70 que o gênero começou a ganhar algum destaque, embora ainda muito marginalizado, principalmente entre os círculos evangélicos mais conservadores. Uma das primeiras bandas a romper com as normas estabelecidas foi Êxodos, formada em 1970. Com uma proposta jovem e ousada, o grupo gerou polêmica e resistência dentro da comunidade evangélica, especialmente pela natureza irreverente e inovadora de suas canções, como "Galhos Secos". Apesar do impacto e do potencial do grupo, o Êxodos encerrou suas atividades em 1977, antes de conseguir consolidar sua proposta de rock cristão.

Nos anos 70, algumas outras bandas, como a Comunidade S8 e Jovens da Verdade, também se destacaram, mas com uma ligação mais estreita e institucional com a igreja. Elas introduziram elementos do rock nas suas músicas, mas de forma mais comedida e muitas vezes associada à educação religiosa. Já o grupo Embaixadores de Sião, surgido no Recife em 1977, teve um impacto maior, influenciado pelo rock progressivo e pela Jovem Guarda. Sua proposta, mais ousada e conectada com as tendências do rock de sua época, fez com que ganhassem projeção nacional.

Os anos 80 representaram um grande avanço para o rock cristão no Brasil. O Rebanhão, por exemplo, foi uma das bandas mais influentes desse período. Embora não fosse estritamente uma banda de rock, ela incorporou claramente os elementos do estilo em várias de suas canções. Álbum como Mais Doce Que o Mel (1981) e Luz do Mundo (1983) ajudaram a consolidar a popularidade do rock cristão, e o início dos anos 90 marcaria o ápice da sua visibilidade e diversidade.

A década de 90 foi um marco importante para o rock cristão brasileiro, com o surgimento de bandas mais pesadas e underground, como DevilCrusher, Necromanicider, Afterdeath e Holokausto. Esses grupos, influenciados pelo metal, hardcore e outros subgêneros do rock pesado, tornaram-se parte da cena underground cristã, criando uma verdadeira comunidade de fãs e seguidores. Na época, a comunicação se dava por meio de fanzines, flyers e demo tapes, trocados entre bandas e fãs de diferentes partes do Brasil e até do exterior.

O movimento de rock cristão, tanto no Brasil quanto no resto do mundo, é marcado pela fusão de fé e música, criando um espaço onde a expressão religiosa se encontra com a liberdade de uma linguagem rebelde e criativa. De suas raízes no gospel com Sister Rosetta Tharpe até o nascimento de bandas pesadas e alternativas nos anos 90, o rock cristão representa um segmento único que, com sua intensidade e diversidade, conseguiu quebrar barreiras, desafiar estigmas e proporcionar um novo espaço para a música cristã no cenário global.

Esse processo de evolução, desde suas origens mais humildes até seu status atual, mostra como o rock pode ser um veículo poderoso para a mensagem de fé e transformação, ao mesmo tempo em que reflete a busca constante por identidade e autenticidade dentro de uma cultura globalizada. Hoje, o rock cristão é não só uma vertente musical respeitada, mas também uma expressão vibrante da união entre a arte e a espiritualidade.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Stauros (Metal Prog. From Brazil)

 

Templo de Fogo (Power Metal From Brazil)

 

Death Protocol (Thrash/Groove Metal From USA)

 

Saul Of Tarsus (Metal/Hardcore From USA)

 

Absolved (Hardcore From USA)

 

terça-feira, 8 de julho de 2025

Christageddon (Black Metal From USA)

 

Corpse (Brutal Death Metal From USA)

 

Bad Resilience (Grindcore/Noisecore From Brazil)

 

Focused (Hardcore From USA)