Essa frase já foi dita, repetida e até temida por muitos: "O diabo é o pai do rock." Mas será que isso é mesmo verdade? Ou será que estamos apenas repetindo um mito sem entender a origem, o propósito e o poder transformador da música — inclusive do rock?
O Que a Bíblia Diz?
Antes de afirmar que um estilo musical pertence ao inimigo, é importante lembrar o que a Bíblia diz sobre a música e sobre quem realmente é o pai da mentira:
"Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer os desejos dele. [...] quando fala mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira."
— João 8:44
Ou seja, o diabo não é o pai do rock — ele é o pai da mentira.
A música, por sua vez, é uma criação divina, feita para adoração e expressão espiritual:
“Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, todas as terras.”
— Salmos 96:1
"Falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração."
— Efésios 5:19
A Bíblia jamais associa instrumentos ou estilos musicais específicos ao pecado, mas sim o conteúdo, a intenção do coração, e a forma como são usados.
Rock: Um Estilo, Não um Espírito
O rock, como qualquer outro estilo musical, é apenas uma linguagem — e pode ser usada tanto para propagar trevas quanto luz. A verdade é que muitos artistas usaram o rock para expressar rebeldia, mas outros usaram (e usam) para glorificar a Deus.
Larry Norman — O Pai do Rock Cristão
Nos anos 1960 e 70, quando o rock era considerado "rebelde" demais para a igreja, Larry Norman surgiu com uma proposta ousada: cantar sobre Jesus com guitarras distorcidas, pegada elétrica e muita sinceridade.
Sua música mais emblemática é:
“Why Should the Devil Have All the Good Music?”
(Por que o diabo deveria ter toda a boa música?)
Essa canção é quase um manifesto dizendo: "Se Deus me deu o talento e a criatividade, por que eu não posso usá-los com energia e autenticidade para louvar a Ele?"
Trecho:
“I want the people to know / That He saved my soul / But I still like to listen to the radio.”
Larry Norman abriu portas para todo um movimento chamado Jesus Music, que daria origem ao rock cristão contemporâneo.
Bandas Cristãs que Marcaram o Rock
Aqui estão algumas bandas que provaram que é possível sim fazer rock com propósito eterno:
Petra – pioneiros do rock cristão nos anos 70 e 80, com letras evangelísticas e som pesado.
Stryper – banda de metal cristão que evangelizou milhões com atitude e versículos estampados nas roupas.
Resurrection Band (Rez Band) – com um estilo próximo do hard rock/blues, falavam sobre fé, injustiça social e redenção.
DC Talk – mistura de rock, rap e pop, alcançou jovens com músicas que falavam de fé real em um mundo real.
Dá pra ser cristão e ouvir (ou fazer) rock?
Sim! E mais do que isso: dá para usar o rock como ferramenta de evangelismo, adoração e impacto social. A questão não é o estilo — mas o coração, a mensagem e a intenção.
“Quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.”
— 1 Coríntios 10:31
Conclusão:
O diabo não é o pai do rock — ele é o pai da mentira.
A música é de Deus. E o rock pode ser sim uma poderosa forma de proclamar o Evangelho.
Então bora louvar com tudo, até com guitarra distorcida, porque não há estilo musical que Deus não possa redimir!


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