Há um chamado que ecoa mais forte que o som dos palcos, mais profundo que qualquer letra escrita no vazio de um quarto e mais urgente que os gritos dos desesperados. É o chamado de Deus — não para a fama, mas para a cruz; não para os aplausos, mas para as almas. Em tempos onde tantos caminham para a perdição, onde as esquinas viraram altares do vício e os becos esconderijos da dor, Deus levanta um povo diferente, com uma missão underground: alcançar os esquecidos, os marginalizados, os feridos — com arte, com som, com verdade.
Jesus nos lembra que “os sãos não precisam de médico, e sim os doentes” (Lucas 5:31). Se o mundo está doente, então nosso remédio é o Evangelho. A salvação em "Cristo" é o centro de tudo. “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10). E Ele nos chamou para continuar essa missão. O que você tem nas mãos? Música? Pintura? Dança? Poesia de rua? Use isso a favor da causa.
Deus te deu dons — não para autopromoção, mas para a glória d’Ele. “Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas” (1 Pedro 4:10). Isso é arte como adoração. Isso é evangelismo criativo. É mural com mensagem. É beat com propósito. É dança como oração.
Charles Spurgeon disse:
"Todo cristão ou é um missionário, ou é um impostor."
Não há meio-termo. A missão urbana não é só para os que pregam com microfone em praça pública, mas para os que pregam com a distorção das guitarras, as rimas nos becos, e melodias nas vielas. Evangelizar é viver o amor de Cristo onde o evangelho parece não chegar. É acender uma vela no porão escuro da cidade.
Mas não vá sozinho. Ore. Busque direção. “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3:5-6). Não são nossas ideias que salvam, mas a presença do Espirito Santo guiando cada passo, cada projeto, cada estratégia, pois é Ele que convence o pecador de seu pecado e liberta o mais vil pecador.
E sim, é possível impactar o mundo sem buscar os holofotes. “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24). Isso é contracultura. Isso é underground. O evangelho verdadeiro não busca curtidas, busca corações. Não busque fama. Busque almas. Não se venda. Se entregue.
Em meio às trevas da cidade, há uma geração com fones no ouvido e vazio no peito. Que nossa arte grite mais alto que o silêncio deles. Que nossas letras preguem onde o púlpito não alcança. Que nossos pés dancem no ritmo do céu enquanto pisam no inferno tentando resgatar mais um.
Você foi chamado. O tempo é agora. Leve a Palavra de salvação com criatividade, com coragem e com amor. Seja parte do movimento que transforma as ruas em altares, os becos em templos, e cada talento em instrumento de redenção.
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